Geriatria em Porto Alegre

Quando a busca por um residencial geriátrico significa cuidado

  • Por Novo Lar
  • 03/08/2020
  • Notícias

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A mudança na organização social exigiu adaptações nos hábitos de vida de todos nós, seja na esfera pública ou privada, bem como na percepção quanto aos locais que cuidam das pessoas idosas. Buscar um residencial geriátrico para si ou para um familiar representa um complexo e profundo ato de cuidado.

 A RUPTURA COM A IMAGEM NEGATIVA DOS RESIDENCIAIS GERIÁTRICOS

 O imaginário social associa residenciais geriátricos a depósitos de velhos, locais mal cuidados ou com profissionais desqualificados. Este preconceito é fruto de muitos anos de negligência e descaso com as pessoas idosas.

Entretanto, esta imagem não mais representa os serviços e estabelecimentos de cuidado ao público 60+. Há uma crescente profissionalização e melhora em infraestrutura, recursos humanos e gestão destes serviços, que são híbridos, pois oferecem hospedagem, assistência em saúde e convivência social. No livro Mudando de endereço: como escolher um residencial geriátrico, faço a seguinte reflexão:

Infelizmente, há muito preconceito sobre a mudança para um residencial geriátrico, porque ainda não se entende que as instituições podem ser espaço de cuidado e proteção. Existe uma fantasia na cabeça das pessoas de que todos os idosos que moram em instituições são pessoas abandonadas pelos filhos. Porém, muitas pessoas que hoje vivem em lares para idosos nunca tiveram filhos, e são sobrinhos, ex-patrões, vizinhos ou amigos que auxiliam no processo de transição da vida solitária para a vida em comunidade no residencial geriátrico. Também o fato de estar em um residencial geriátrico pode representar a preocupação genuína dos filhos com o bem-estar de seus velhos. (CLOS, 2018).

 Dito isto, o cuidado passa pela busca de soluções que, muitas vezes, extrapolam as capacidades física, estrutural e emocional das famílias. Não é vergonha ou demérito assumir a limitação familiar em um momento de fragilidade, uma vez que há riscos ainda maiores, como deixar a pessoa idosa vulnerável a cuidadores com má ou nenhuma formação, ou ainda, a ausência de atenção adequada.

O primeiro passo para percepção ou autopercepção sobre a necessidade de um residencial geriátrico, dá-se a partir do reconhecimento do limite da capacidade de cuidado. Este é um momento delicado para as famílias, pois envolve reconhecer que sua capacidade de estar presente, ofertar afeto, proteção e cuidados de saúde são inferiores ou ficam aquém das expectativas da pessoa idosa. É preciso este reconhecimento com a maior tranquilidade possível, uma vez que envolverá, após a tomada de decisão, a disponibilidade, tanto de familiares quanto da pessoa idosa, de ambientarem-se às novas rotinas e ao novo espaço.

Ao observarmos famílias e pessoas idosas, é evidente o amor e a preocupação com o bem-estar e o bem-viver. O modo de morar é parte do jeito de cuidar, “a moradia constitui um aspecto importante na vida do ser humano, pois morar não significa apenas estar em um lugar, é habitar ocupar o ambiente e o espaço, é estar em relação com tudo aquilo que o cerca” (MIZAN, 2019).

 A ADAPTAÇÃO E O AMBIENTE

 Neste sentido, a capacidade de adaptação e resiliência que todos nós temos emerge de tempos em tempos, quando mudamos de endereço ou de acordo com os novos planos que a vida se encarrega de nos apresentar.

Por fim, acreditamos que a família e o novo hóspede, ao perceberem o residencial geriátrico como um parceiro de cuidado e um ambiente de proteção e zelo, são capazes de ressignificar o momento da mudança, dar qualidade aos períodos de visita, potencializar as estratégias de cuidado, para então, finalmente, garantirem a qualidade a todos os anos da vida que ainda será vivida.

E é dentro desse contexto que a Novo Lar Hospedagem Assistida com Qualidade®clínica geriátrica e casa de repouso em Porto Alegre, está inserida. Temos como papel primordial ser um porto seguro aos idosos e seus familiares, através de uma hospedagem assistida por uma equipe multiprofissional e qualificada, oferecendo um ambiente acolhedor e profissional para juntos oferecermos o melhor ambiente neste período de adaptação.

 

Por Michelle B. Clos

 

CLOS, Michelle B. Mudando de endereço: como escolher um residencial geriátrico. Porto Alegre: Buqui, 2018.

MIZAN, Margherita de Cassia. O cuidador de Idoso em ILPI: uma relação humana e delicada. São Paulo: Portal Edições, 2019.

 

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